Vacina para o HPV

Nos últimos anos muito, tem-se falado muito a respeito do vírus HPV, sua relação com o câncer de colo de útero, da importância do exame preventivo e mais recentemente, sobre a vacina que promete proteção contra os tipos mais comuns deste bicho. Mas você sabe o que isso realmente significa?

O HPV, também conhecido como Papiloma Vírus Humano, é um vírus muito comum na população mundial.

Até o momento, já foram descobertos mais de 150 tipos diferentes. Por isso ele é tão comum: estima-se que aproximadamente 75% das pessoas sexualmente ativas tenham tido algum contato com ele pelo menos uma vez na vida.

Como a maioria das infecções é transitória, a pessoa pode acabar se contaminando mais de uma vez e por mais de uma tipo de vírus.

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Um detalhe importante: a única forma comprovada de se pegar o HPV até o momento é através do contato direto com a lesão, sendo o contato sexual com alguém contaminado a forma mais freqüente de transmissão.

Portanto, não se pode dizer que uma pessoa pegou o vírus com toalhas usadas, vasos sanitários ou frequentando lugares públicos.

Basicamente, o HPV se manifesta no corpo da pessoa contaminada de duas formas: pelo aparecimento de uma ou mais verrugas na região genital – são as lesões clínicas – ou através de alterações microscópicas detectadas pelo exame preventivo, que se não forem diagnosticas e tratadas a tempo podem levar ao câncer do colo uterino, responsável pela morte de mais de 4.000 brasileiras todos os anos.

É minha gente… o negócio é sério. O HPV também está relacionado ao câncer de pênis nos homens e no câncer de garganta em homens e mulheres.

Tanto que os cientistas têm cortado um dobrado pra buscar algo que seja capaz de proteger as pessoas deste bicho.

Hoje, além do que já existe para detectar precocemente o HPV (hibridização molecular, papanicolaou) e quem está em maior risco para o desenvolvimento do câncer, temos mais uma aliada nessa briga: as vacinas!

Atualmente, no Brasil temos 2 tipos de vacina disponíveis para uso: a tetravalente, que protege contra os 4 tipos mais comuns do HPV: 6 , 11 (responsáveis pelas verrugas) e 16 , 18 (mais comuns no câncer de colo de útero) e a bivalente, que tem o foco na proteção do HPV 16 e 18.

A princípio, não apresentam efeitos colaterais mais graves, tem longa duração e são recomendadas para meninas a partir dos 9 anos de idade.  A rede pública disponibilizada gratuitamente a vacina tetravalente para meninas entre 9-13 anos e também para os meninos na mesma faixa etária.

Tudo indica que mesmo as pessoas que têm ou que já tiveram diagnóstico comprovado da infecção pelo HPV podem ser beneficiadas com o seu uso.

Os pesquisadorem não param e em breve teremos mais novidades como a chegada da vacina nonavalente que protege contra 9 tipos de HPV.

Sem dúvida, a vacina é mais uma poderosa aliada no combate a esse grande vilão.

Só não pensem que com isso vão poder abrir mão da camisinha.

Ela continua sendo a única capaz de proteger das outras doenças que ainda não têm vacina, como por exemplo, o HIV, o herpes, a sífilis, entre outras. Por isso, lembre-se: prevenção é sempre a melhor solução!

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