“Dra, sempre que a penetração vaginal começar eu sinto dor. Às vezes é rápida, passa logo depois que entra, mas às vezes não. A verdade é que ela está sempre lá presente. E isso acontece desde a minha primeira relação sexual. Eu nunca consegui ter uma relação sem dor. É normal?”
Alguém aí se viu nessa situação?
Pois preste bem atenção no que vou dizer agora:
Dor na relação sexual NÃO é normal, em nenhum nível.
Pode ser uma dor rápida que passe logo depois que entra, mais moderada a ponto de dificultar o ato e você ter que parar no meio ou então intensa ao ponto de nem conseguir começar.
Se você sofre com esse problema e nunca na vida conseguiu experimentar um ato sexual sem dor, já consultou o Ginecologista e não tem nada de diferente por lá que justifique sentir isso, nenhuma dessas 3 situações pode ser considerada normal.
Vou repetir: em mulheres fisicamente saudáveis não é normal sentir qualquer tipo de dor, desconforto ou qualquer outro incômodo constante e persistente na hora de iniciar a penetração vaginal, seja com 1 dedo, 2 dedos, absorvente interno, dilatadores vaginais ou mesmo um pênis.
Não importa qual o tamanho nem calibre da sua parceria, não é normal sentir essa dor. Mesmo que você fique muito tempo “na seca” sem ter nada com ninguém.
Dor e prazer são como água e azeite, não se misturam e estão em extremos opostos. Só os masoquistas conseguem sentir prazer na dor, mas essa não é a realidade da grande maioria e provavelmente não é a sua também!
Se você se identificou com tudo o que leu até agora, então está mais do que na hora de buscar ajuda especializada, pois você pode sofrer com Vaginismo Primário mesmo sem saber!
O que é Vaginismo?
Vaginismo é a dificuldade persistente e recorrente que a mulher tem de permitir a penetração vaginal.
Essa dificuldade existe apesar da mulher realmente querer e desejar essa penetração, seja dentro do contexto sexual – como nas tentativas de relação à dois – ou fora como na própria tentativa de introduzir um simples absorvente interno e não conseguir.
Essa dificuldade é resultado do medo que essa mulher tem do momento da penetração, medo principalmente de sentir dor, mesmo estando fisicamente saudável e não tendo absolutamente nada de errado com a sua vagina.
E então, quando a mulher com vaginismo vai tentar a penetração, o medo faz com que a mente dispare um comando para se defender, e é nessa hora que a mulher se contrai toda, contrai o corpo inteiro, inclusive a sua musculatura pélvica.
E aí, quando a penetração começa a acontecer, com a mulher assim toda contraída, ela de fato sente dor. E assim forma-se um ciclo vicioso e muito frustante!
Como saber se eu tenho Vaginismo?
E se você tivesse a oportunidade de descobrir se a dor que sente pode ou não ser do vaginismo!? Pois bem…
Eu desenvolvi um teste junto com a minha equipe para você marcar as opções que mais se identifica e receber imediatamente o resultado escrito por mim.
No resultado que você receber terá minha análise de qual pode ser o seu tipo de vaginismo e o nível que sua dificuldade para permitir a penetração está classificada. Além disso, você receberá a minha recomendação do que deve fazer para se tratar dessa questão.
A mulher então procura o Ginecologista em busca de uma solução para o problema. O médico examina e… diz que está tudo normal, que não tem nada de errado por lá, que só o que ela precisa é relaxar e tentar mais vezes…
Só que a dor não passa e pior, se agrava. E sabe por quê? Porque ao longo do tempo, essa dor que está sempre presente costuma trazer outras consequências pra você.
Vou explicar melhor: ao longo dos meus mais de 20 anos como Ginecologista e Sexóloga, tratando de mulheres que sofrem com Vaginismo eu posso afirmar que essa pode ser a razão, a raiz de muitas outras queixas e problemas sexuais como a baixa ou ausência de desejo sexual e dificuldades com o orgasmo, seja sozinha ou com outra pessoa, sabia?
É verdade que as que sofrem com Vaginismo no nível mais moderado ou severo, logo percebem a necessidade de buscar ajuda. Mas aquelas que sentem uma dor mais leve, que passa logo depois que entra, quase nunca imaginam que esse possa ser o motivo da sua dor!
O repertório sexual fica pobre e limitado. Nunca é algo normal, natural e espontâneo. Uma rapidinha? Nem pensar!
E aí, com o passar do tempo todas as outras fases da nossa resposta sexual começam a enguiçar.
O tesão e o desejo vão diminuindo. Afinal, por que você terá vontade de começar algo que sabe que não será tão legal? Bate uma preguiça…
Por isso meninas é que eu sempre digo: fiquem atentas aos sinais do seu corpo. Com a ajuda profissional certa você pode acabar com o problema pela raiz, evitar que outros apareçam e ter uma vida sexual plena, feliz e livre de limitações! Podem acreditar!