O que é Vaginismo?
Você sabe o que é vaginismo? Como esse problema pode afetar a sua qualidade de vida?
Eu sou a Dra. Mariana Maldonado – médica, ginecologista e sexóloga – com mais de 22 anos de experiência no tratamento de mulheres que sofrem com o vaginismo, independentemente de sua orientação sexual.
Pois bem, hora de falar sobre o vaginismo. Vamos começar por sua definição:
Definição
Para entender melhor o que é o vaginismo, vamos começar pela sua definição!
A partir de 2019, o vaginismo passou a ser denominado Transtorno da Dor Sexual/Penetração e pode ser definido de uma forma simples como:
- Dificuldade persistente e recorrente que uma pessoa fisicamente saudável tem de permitir a penetração vaginal sexual de um dedo, um dilatador ou do pênis, apesar de realmente querer e desejar essa penetração, estando com vagina bem lubrificada.
Entende-se por “pessoa” toda aquela que possui uma vagina, independentemente de gênero ou de sua orientação sexual. Na minha opinião, essa foi uma mudança importante trazida pela nova classificação: ao colocar que a “pessoa” e não a “mulher” tem dificuldade, é possível dar voz à quem não se identifica com o gênero feminino – como homens trans não operados e pessoas não binárias – mas que possam sofrer com o mesmo problema. É isso mesmo! Não é só quem se identifica como mulher que pode ter vaginismo não! Basta ter uma vagina! Apesar da minha experiência ser muito maior com mulheres cis (que são aquelas pessoas que nasceram mulher e que se identificam com o gênero feminino), eu acredito realmente que existam por aí muitas outras pessoas (até mesmo aquelas que operaram para construir uma vagina) na mesma situação. Mas essas são apenas as minhas reflexões…. Afinal, o vaginismo é uma disfunção bem democrática e que é disparada pelo medo da dor real (que ela já sentiu em algum momento), ou até mesmo imaginária (que ela imagina que poderá ter), sem que exista nenhum problema ou doença na região genital capaz de provocar tamanho derconforto.
Essa dificuldade está presente mesmo com a pessoa querendo se penetrar ou deixar que alguém a penetre… Não é contra a vontade não, ta? É com vontade! E pode acontecer dentro e fora do contexto sexual!
Essa dificuldade normalmente é traduzida em uma reação física, resultado do medo que essa pessoa tem da dor. O medo que ela tem da dor traz repercussões físicas no corpo. E o que mais você percebe é a contração desse corpo, das pernas, da musculatura pélvica!
Na hora que você se sente “ameaçada” pela tentativa de penetração, a mente manda o comando: “sai, sai daí! Foge!”
O medo é um instinto básico de defesa e muito importante, mas não num momento como esse né? Nessa hora, não é isso que você quer, você não quer fugir dali, muito pelo contrário.
Mas o que a pessoa com vaginismo faz?
O medo faz com que a mente dispare o comando para ela se contrair e se defender daquele momento potencialmente doloroso.
E na hora que ela contrai, ela contrai o corpo inteiro – inclusive a musculatura pélvica.
E não somente acontece a contração, mas muitas vezes também tem outras reações físicas, como taquicardia, coração acelerado, suor frio nas mãos, treme toda, fica “ai, meu Deus”… reações típicas de pânico, de fobia mesmo.
E aí na hora que ela deixa ou permite a penetração, assim toda contraída, de fato sente dor – e é nesse momento que a mente reforça que a penetração é dolorosa.
A partir daí ela entra num ciclo vicioso que dificilmente conseguirá sair sozinha… eu digo dificilmente porque obviamente nesses casos nada é 0 e 100, tem gente que pode conseguir, mas a chance de conseguir sair disso sozinha, sem ajuda, é menor. Quando você tá dentro desse ciclo a chance é muito menor.
Mas é importante entender que as dificuldades do vaginismo não só sexuais.
As dificuldades do vaginismo também podem ser no nível não sexual, como a de não conseguir inserir um absorvente interno ou até mesmo fazer um exame ginecológico, por exemplo.
Se você se identificou com o que acabou de ler, não deixe de ler este artigo até o final. Você vai aprender tudo o que precisa saber sobre o vaginismo e como vencê-lo. E se desejar, pode adquirir meu Livro “Vencendo o Vaginismo com Autoconhecimento”, onde apresento a técnica que eu desenvolvi e que ensino no meu Programa Chave Mestra, que já ajudou mais de 700 mulheres a vencerem o vaginismo e ter finalmente uma vida sexual saudável, sem medo e sem dor na penetração.
Como saber se eu tenho Vaginismo?
E se você tivesse a oportunidade de descobrir se a dor que sente pode ou não ser do vaginismo!? Pois bem…
Eu desenvolvi um teste junto com a minha equipe para você marcar as opções que mais se identifica e receber imediatamente o resultado escrito por mim.
No resultado que você receber terá minha análise de qual pode ser o seu tipo de vaginismo e o nível que sua dificuldade para permitir a penetração está classificada. Além disso, você receberá a minha recomendação do que deve fazer para se tratar dessa questão.
Níveis de vaginismo:
Dependendo da intensidade dessa reação ao medo, a pessoa pode ter mais ou menos dificuldade ou dor na hora de tentar penetrar.
Por isso, de uma forma bem simplificada e para melhorar a compreensão, o vaginismo pode ser divido em três níveis:
1. Leve
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- quando a dificuldade é menor e ela sente uma dor discreta para iniciar a penetração vaginal, mas logo depois que entra a dor acaba e o sexo flui normalmente, sendo muitas vezes prazeroso
- sinais físicos relacionados ao medo extremo como: suor frio, coração acelerado, tremor e contração da musculatura pélvica não são tão evidentes.
2. Moderado:
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- quando a dificuldade é maior e a relação já começa com um certo nível de dor que não passa e ela muitas vezes tem que pedir pra parar, pois não consegue terminar o ato;
- sinais físicos relacionados a fobia e uma contração maior da musculatura pélvica estão presentes.
3. Severo/grave:
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- Quando a dificuldade é tamanha que nem um cotonete é capaz de passar por ali sem provocar dor, quanto mais um pênis, além de sinais evidentes de reação ao medo extremo: suor frio, sensação de angústia, tremores pelo corpo, coração acelerado e…contração intensa da musculatura pélvica.
IMPORTANTE: Nenhum desses 3 níveis é normal, alias, não é normal sentir nenhum tipo de dor para iniciar a penetração vaginal, ainda mais de forma constante e recorrente!
Não! Nem um pouquinho!
Tipos de vaginismo:
Além de dividirmos o Vaginismo em níveis – leve, moderado ou severo/grave, ele também pode ser dividido em tipos, conforme a sua origem.
Dentro dessa divisão, o Vaginismo pode ser primário, secundário ou misto. Apesar de ser uma classificação antiga e hoje não ser mais tão utilizada, acho bem interessante para ajudar a entender.
1. Vaginismo Primário:
No Vaginismo primário, o tipo psicológico é o mais comum de todos eles.
Nesse caso, a pessoa não tem absolutamente nada de errado com o corpo e nem com a sua vagina.
É absolutamente normal do ponto de vista físico.
Esse tipo de situação costuma acompanhar a pessoa desde o início da sua vida sexual.
Ou seja, ela nunca na vida conseguiu experimentar uma penetração vaginal sem dor ou alguma dificuldade.
Isso dentre aquelas que ainda permitem alguma penetração, as que estão no grupo leve e moderado.
Muitas que estão no grupo severo/grave ainda podem ter o hímen integro ou apenas parcialmente rompido pelas tentativas frustradas de penetração, mesmo casadas ou em relações estáveis há muitos anos.
O que dispara o problema é o pensamento antecipatório: só de pensar na dor que pode sentir, a reação ao medo é disparada: o coração acelera, a mão fica gelada e suada, o corpo treme e se contrai.
Como não existe nenhuma doença na região genital capaz de provocar esse problema, há uma grande dificuldade por parte de muitos profissionais de entender e diagnosticar a origem dessa dor.
2. Vaginismo Secundário:
No Vaginismo secundário, como o próprio nome diz, a pessoa tinha uma vida sexual normal, sem dor ou dificuldade para permitir a penetração vaginal, mas a partir de um determinado momento, passou a ter.
Esse tipo de vaginismo normalmente é causado por alguma doença/problema na região genital ou até mesmo um trauma psicológico importante como violência sexual.
A grande diferença para o vaginismo primário é que nesse caso, a pessoa tem a memória anterior do que é ter uma penetração sem dor e isso facilita bastante na hora de tratar.
E ainda existe o tipo primário misto, que não é tão comum, onde podemos encontrar características comuns aos 2 grupos – quando o medo da dor está associado a uma doença/problema na região genital, presente desde o início da vida sexual.
Causas do vaginismo
De onde será que vem toda essa dor?
Para a maioria dos ginecologistas experientes, não é difícil identificar e tratar uma doença ou alteração aparente na região genital que provoque dor na relação sexual, mas e quando a pessoa não tem problema nenhum por lá?
Essa é a primeira lição que você precisa entender:
Quando dizemos que o vaginismo é psicológico, isso não significa que você está ficando maluca, inventando na sua cabeça uma dor/ardência/incômodo ou o nome que quiser chamar, que na realidade não existe.
Ela existe sim, você realmente sente na hora da penetração do pênis ou de um dilatador e até naquele momento em que tenta introduzir seu dedo, mas não porque tem algo de errado ou alguma doença na sua vagina, ou porque ela é “pequena, apertada demais e não passa nada”.
Essa sensação ruim só existe porque quando você percebe a “ameaça” da penetração, a sua mente (representada pelo seu inconsciente) reconhece esse momento como um perigo em potencial e, instintivamente, manda uma ordem pro seu corpo se defender.
Frente a uma ameaça, a resposta imediata do corpo é a fuga. Esse é um instinto básico para nossa sobrevivência e defesa.
Essa reação física do corpo frente ao medo é bastante conhecida: coração disparado, suor frio, mãos geladas, tremores pelo corpo e a contração de toda a musculatura.
Como nesse momento como não dá pra fugir dali, a forma que o corpo encontra para se defender é se contraindo.
Você literalmente trava o corpo todo, mas principalmente as pernas e a musculatura pélvica, na tentativa de evitar o momento doloroso.
E tentar a penetração assim, toda contraída realmente será doloroso, até para outras pessoas que não sofrem com o problema!
Afinal de contas, dor e prazer não se misturam e estão em extremos opostos!
Exceto para os masoquistas, que sentem prazer na dor, mas essa definitivamente não é a realidade de quem sofre com vaginismo, concorda?
Essa é uma grande reação paradoxal e porque não dizer, cruel?
Por mais que você queira de verdade estar ali com quem ama e deseja, seu medo é tão grande e tão maior que você literalmente trava!
A segunda lição que você deve aprender: toda vez que o medo da dor for maior do que o seu desejo de ser penetrada, não terá jeito!
A mente vai disparar o comando de defesa e você vai contrair, mesmo contra a sua vontade!
Agora você pode me perguntar: mas então se o medo da dor é o principal gatilho para essa contração, o que provoca esse medo?
Quem tem mais chance de sofrer com o problema?
Acho que deve ter ficado claro para você que o vaginismo é disparado pelo medo que a pessoa tem da dor, mesmo estando fisicamente saudável.
Mas o que será capaz de provocar um medo desse tamanho?
Existem determinadas caraterísticas pessoais e histórias de vida que podem aumentar a chance de sofrer com o Vaginismo Primário, mas ao longo desses mais de 22 anos tratando de mulheres que sofrem com o problema, percebi que todas ou quase todas as que atendi tinham um perfil bastante comum, independentemente do nível – leve, moderado ou severo:
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- Extremamente ansiosas, estressadas e centralizadoras: querem resolver tudo e de preferência para ontem, difícil relaxar para aproveitar os momentos de prazer e o sexo é só um deles!
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- São mestres nos pensamentos antecipatórios
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- São mais tímidas e reservadas quando o assunto é intimidade, tem dificuldade de se entregar ao outro;
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- Muitas tiveram uma educação mais repressora, por vezes religiosa, e com pouca conversa em casa sobre seu corpo e sexualidade.
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- E… falta de habilidade em explorar naturalmente a sua vagina por dentro de por fora e de conhecer todas as suas sensações
Pode até parecer pouco pra você, mas se juntarmos tudo isso no mesmo caldeirão, dá um bom caldo pra alimentar o medo!
E lembre que é por causa dele que você contrai!
Essa dificuldade não é culpa da sua musculatura pélvica, afinal ela não contrai e nem tensiona assim, do nada! Nesse caso existe motivo e é o medo! Lembra disso.
E vou mais além: ao longo de todos esses anos de trabalho com mais de 700 mulheres cis (homo, bi, hetero e outros), percebi que todas ou quase todas que atendi com vaginismo primário tinham uma grande característica comum, que para mim é o maior motivo para se temer a dor e ter essa dificuldade no ato da penetração:
A falta de habilidade total ou parcial de explorar com naturalidade a própria vagina.
É isso mesmo que você leu!
E olha que não estou falando do nível erótico, porque muitas que sofrem com vaginismo não tem problemas com isso.
Sentem desejo, ficam excitadas, com boa lubrificação e chegam ao orgasmo com sexo oral ou masturbação clitoriana, por exemplo.
Fazem tudo isso, mas não tem o hábito ou simplesmente não conseguem colocar 1 e 2 dedos dentro da vagina de forma natural e fazer os movimentos internos com desenvoltura e de forma espontânea, neutra e confortável. Por exemplo, colocar o dedo dentro da vagina para sentir sua secreção, se está ou não ovulando, sentir a altura do colo do útero. Sabia que fazer isso é perfeitamente possível?
Deu um arrepio só de pensar? Pois é exatamente isso o que a pessoa com vaginismo sente. Sempre tem algum nível de dor, desconforto ou incômodo, seja físico ou psíquico na hora de se manipular.
Como se a vagina fosse uma entidade à parte e não uma parte do corpo!
Se tem algo que eu percebo hoje, depois de todos esses anos, é que se essa falta de conhecimento e domínio da vagina, nesse nível que proponho, não for o motivo principal desse medo/ansiedade que você tem de ser penetrada, certamente contribui muito para alimentá-lo. Isso porque dentro da minha visão, o medo de ver e explorar a própria vagina é o primeiro e o mais primitivo dentre todos os demais medos em relação a penetração vaginal.
Por isso, acabar com ele precisa ser a primeira parte de qualquer tratamento!
Se você se identificou com o que eu estou falando, pare e pense comigo: Se você não domina e nem conhece realmente o que tem aí embaixo nesse nível que acabei de falar agora, como permitir que algo ou alguém entre dentro de você sem ter medo ou se sentir ansiosa?
É preciso conquistar o seu território e perder o medo de si mesma primeiro para depois permitir que outra pessoa entre aí dentro!
Mais literal, impossível!
Para facilitar esse processo de auto conhecimento e domínio da vagina, eu desenvolvi uma técnica, que chamei de Ressignificação Genital.
Tratamentos para vaginismo
Mas então, como é feito o tratamento do vaginismo?
Se por definição o vaginismo é desencadeado pelo medo da dor, faz sentido dizer que para ter sucesso no tratamento e conseguir superar de vez o problema é necessário identificar e trabalhar a (s) causa (s) desse medo, concorda?
É importante saber que qualquer tratamento escolhido para o vaginismo – com médico, psicólogo ou fisioterapeuta pélvico – pode ser 100% bem sucedido com a combinação entre a força de vontade da pessoa + orientação adequada + profissional capacitado e qualificado em Sexologia.
Ter essa qualificação é fundamental para aumentar as chances de sucesso do seu tratamento e não dá pra abrir mão!
Não existe milagre: o caminho é árduo! Exige dedicação e mudança de postura! Mas é possível e preciso encarar!
Não existe tratamento com, cirurgia, pompoarismo ou outros exercícios milagrosos para resolver o problema.
Também não dá para prever quanto tempo vai demorar, pois isso varia demais.
Sei que falar de tempo para alguém ansioso é difícil, mas o que posso afirmar é: quando você conhece e domina o seu corpo nesse nível que proponho é possível ir muito mais rápido!
E não é difícil aprender, pelo contrário! É muito mais simples do que você imagina!
De uma forma geral, o tratamento do vaginismo é baseado em:
- orientações para o autoconhecimento e reeducação sexual;
- exercícios sexuais que podem ou não envolver a parceria;
- psicoterapia para controle da ansiedade e outras questões;
- além de técnicas de dessensibilização e relaxamento da musculatura pélvica, através de massagens perineais, biofeedback e a introdução progressiva dos dilatadores vaginais.
Essa última parte, o relaxamento, reeducação da musculatura pélvica e inserção progressiva dos dilatadores é geralmente o foco do trabalho na fisioterapia pélvica.
Como falei lá no início, quando o tratamento é bem feito, a chance de sucesso é grande!
A questão é que se focar somente numa parte do tratamento, pode ser mais difícil e demorado ficar totalmente livre do problema.
Como diz um velho ditado “uma andorinha só não faz verão”.
Eu mesma já atendi muitas mulheres que tinham recebido alta da fisioterapia pélvica ou da psicoterapia, conseguindo introduzir até o último dilatador vaginal sem dificuldades, mas não conseguiam inserir facilmente o seu próprio dedo e ainda continuavam com dor na hora da relação.
Não quero dizer com isso que o meu método funciona melhor do que a fisioterapia ou a psicoterapia e que será 100% garantido você conseguir ter uma relação sexual sem dor, até porque isso não vai depender somente de você.
Lembre que na hora da cama, tem outra pessoa envolvida e interagindo diretamente.
Tudo isso interfere também na sua ação e reação aos estímulos sexuais.
E nesse ponto, a qualidade da relação do casal é fundamental, ou seja, mesmo estando livre totalmente do medo, conhecendo e dominando seu corpo, se a relação com a sua parceria sexual não estiver boa, o sexo também pode não ficar!
O que digo e afirmo é que para formar a sua base e te preparar para essa batalha contra o vaginismo, você vai precisar de armas poderosas: dominar e conhecer sua vagina profunda e intimamente deve ser a primeira delas. Para usar e desfrutar do que tem aí embaixo sem limitações e da forma como deseja, você vai precisar conhecer muito bem. E isso vai além da sua identidade de gênero ou orientação sexual.
E o melhor de tudo isso: é possível aprender como fazer usando as suas próprias mãos.
Todo esse poder está dentro de você!
Para te ajudar nesse processo de autoconhecimento que considero fundamental e que quase ninguém ensina, desenvolvi uma técnica para te guiar nesse aprendizado e que você pode fazer sozinha, em casa, independentemente de ter ou não uma parceria sexual no momento.
Mesmo que você seja virgem, é possível praticar.
A ela, dei o nome de Ressignificação Genital.
E antes que você me pergunte: não tem absolutamente nada a ver com os exercícios ensinados na fisioterapia.
Estou certa que sem passar por esse processo completo de ressignificação da sua vagina, será muito difícil você se entregar e perder o medo da dor na hora da relação sexual, ainda que consiga introduzir todos os dilatadores e que sua relação de casal esteja ótima!
Falando nisso, muitas me perguntam se é possível continuar as tentativas de penetração com a parceria sexual durante o tratamento.
Isso depende muito, e particularmente, eu só recomendo depois que a mulher está numa fase um pouco mais avançada do processo de ressignificação.
E a última lição de hoje: Não adianta só você querer ser algo que ainda não é.
É preciso dar um outro significado a tudo o que você aprendeu até hoje.
É preciso ressignificar o que é ser mulher!
E isso precisa passar primeiro pelo seu corpo, pelo seu órgão genital, sua vagina! Não basta apenas conseguir deixar a penetração acontecer, você precisa se sentir CAPAZ de tê-la! Esse é o principal objetivo da Ressignificação!