Vacinação da mulher

Se você pensa que é só criança que toma vacina, saiba que está totalmente por fora. Assim como as crianças, os adolescentes e os adultos também têm o seu calendário básico de vacinação, apesar de não ser tão conhecido. Você sabia que a mulher tem um calendário de vacinação só dela? Pois é… existem vacinas que são de extrema importância para a proteção das mulheres, incluindo as gestantes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (www.sbim.org.br) toda mulher (adolescente ou adulta) deve seguir o calendário de vacinação abaixo:

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• HPV – recém chegada no mercado, ela está indicada em meninas, adolescentes e mulheres dos 9 aos 26 anos de idade. Sempre que possível, deverá ser aplicada na adolescência antes do início da vida sexual, ao redor dos 11-12 anos de idade. Recomenda-se 3 doses da vacina com intervalos pré-determinados.
• BCG ID (contra tuberculose) – normalmente, a vacina é feita na criança, em dose única, até os dois anos de vida. Na ausência de vacinação anterior ou nos casos em que o reforço é necessário, ele poderá ser feito em qualquer idade.
• Tríplice Viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) – é muito importante para as mulheres que pensam em engravidar e que nunca tiveram contato com a rubéola, pois esse vírus pode causar má formação no futuro bebê (incluindo a surdez). A presença de anticorpos contra a rubéola pode ser facilmente identificada pelo exame de sangue específico para este fim.
• Hepatite A e B – a vacinação combinada para as hepatites A e B é preferível à vacinação em separado, a não ser que a mulher seja imune a algum desses dois tipos de vírus da hepatite, o que também pode ser visto através do exame de sangue. Uma atenção especial deve ser dada à vacinação para hepatite B, já que uma das formas de transmissão é através da relação sexual sem a proteção da camisinha (olha ela aí de novo!), o que torna as mulheres especialmente vulneráveis.
• Tríplice bacteriana tipo adulto (dTpa) – contra difteria, tétano e coqueluche – para quem fez o esquema básico completo quando criança, só é necessário um reforço a cada dez anos. A exceção é no caso da gestante: para aquelas que receberam a última dose há mais de 5 anos é recomendado um novo reforço da vacina dupla (dt), mesmo que estando em dia com o calendário!
• Varicela (catapora) – a partir dos 13 anos de idade, devem ser aplicadas duas doses com intervalos de dois meses nas mulheres que nunca tiveram contato com o bicho.
• Influenza (gripe) – dose única anual, incluindo gestantes.
• Febre amarela – uma dose de 10 em 10 anos.
• Vacina antimeningocócica C conjugada (para meningite meningocócica) – dose única indicada em mulheres que vivem em regiões onde existem muitos casos da doença.

Muita gente me pergunta se grávida pode tomar vacina. Na verdade, isso vai depender exclusivamente do tipo de vacina que estamos falando. De uma forma geral, é melhor evitar qualquer uma delas durante os primeiros três meses de gestação. Aquelas vacinas feitas com vírus vivos – tríplice viral, varicela e febre amarela – nunca devem ser feitas durante a gravidez, pelos problemas que podem causar ao feto. De acordo com a SBIM, essas vacinas, quando necessárias, deverão ser aplicadas com uma antecedência mínima de 1 mês antes do início da gravidez. A vacina contra o HPV também não é recomendada durante a gestação, pois ainda não se conhecem muito bem os seus efeitos sobre o feto.

O que você acha de aproveitar essa leitura e procurar o seu médico para saber como anda seu calendário de vacinação? Esse pode ser um bom momento de colocar sua saúde em dia!

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