“Dra, se eu tirar todos os pelos lá debaixo, isso pode trazer problemas?” Depilar tudo faz?
Perguntinha básica essa pro Ginecologista, não é mesmo?
Mas será que a retirada completa do pelos pubianos pode realmente fazer mal a nossa saúde íntima? Eles realmente têm uma função protetora? Que cuidados devemos se decidirmos retirá-los?
Muito bem meninas, questões como essas são bem comuns no meu dia-a-dia do consultório e por isso é que elas vieram parar aqui!
Sempre digo que retirar ou não os pelos da região íntima é uma decisão bastante pessoal. Tem mulheres que gostam de ver a área totalmente livre, outras deixam só um pouquinho na frente, tem aquelas que só tiram da virilha ou as que não tiram nada, preferem apenas deixá-los bem aparados.
Enfim, tem para todos os gostos, tipos e modelos!
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Se você for uma dessas mulheres que gosta de ter a área toda ou quase toda livre dos pelos pubianos, é bom ficar atenta, pois essa prática pode sim, trazer riscos para a sua saúde íntima.
Todos os pelos do nosso corpo tem uma função e os pubianos não são exceção. Eles ajudam a proteger a pela da vulva do atrito com a calcinha, por exemplo.
A sua retirada total pode deixar essa pele mais exposta, principalmente a mucosa da entrada da vagina que é mais fina e muito sensível, aumentando a chance de se ter irritações, infecções e inflamações de repetição como a candidíase, sabiam?
Isso sem falar de uma outra condição pouco conhecida das mulheres e até mesmo dos próprios Ginecologistas: a vulvodinia ou dor na vulva sem nenhuma causa aparente identificável com duração igual ou maior que 3 meses.
Se você sofre ou já sofreu com a vulvodinia sabe bem o que estou falando!
A mulher refere uma dor em queimação ou uma ardência normalmente na entrada da vagina, que pode ser bem localizada – ela consegue identificar a localização exata da dor – ou generalizada.
Essa dor pode ser tão desagradável a ponto de afetar a sua qualidade de vida, principalmente a vida sexual que se torna um verdadeiro tormento!
A grande questão é que a mulher vai ao seu médico falando o que sente, ele examina e não encontra nada aparente e diz que está tudo normal com a região!
E então, a mulher sai do médico achando que está ficando doida, no mínimo! Se está tudo normal com ela, então de onde ver essa dor?
Essa condição que afeta 1 a cada 6 mulheres também é chamada de depressão vaginal e eu já escrevi sobre isso, vale a pena você conferir depois que terminar aqui!
Mas o que isso tem a ver com a depilação afinal?
Recentemente um estudo americano que acompanhou 434 mulheres de 18 a 40 anos todas com vulvodinia, concluiu que as mulheres que removiam todos os pelos tinham 74% mais chance de desenvolver o problema!
E tem mais: eles também analisaram o uso de roupa justa como fator de risco para a condição e viram que o risco era 2 vezes maior!
Isso sem falar na forma como esses pelos são retirados. Para quem faz depilação com cera, é bom se certificar de que o produto é hipoalergênico e que não está sendo reutilizado!
Quem faz foto depilação (laser) é sempre bom procurar um profissional capacitado na técnica para evitar acidentes como queimaduras na região, que não são tão raras assim de acontecer.
Se for usar uma lâmina de barbear, cuidados com aquelas mais antigas e usadas pois podem estar “cegas” e às vezes até enferrujadas. Nunca compartilhe com outras pessoas e use sempre novas quando for se depilar!
Quero deixar claro aqui que com isso eu não estou dizendo que você precisa cultivar uma “mata atlântica original” lá embaixo, como falei antes a decisão de tirar ou não tirar os pelos pubianos é bastante intima e pessoal.
Para mim, o mais importante é você poder decidir de forma consciente e orientada para que possa escolher o que for melhor para você! Nunca se esqueça disso!
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