Imagine a cena…
Um belo dia, de baixo do chuveiro, você resolve palpar seu seio e sente que tem alguma coisa diferente ali, parecida com um caroço, um nódulo na mama.
Qual seria sua primeira reação?
O que você sentiria nesse exato momento? Medo? Pavor? Pânico?
Ai, meu Deus, será que estou com um câncer de mama?
Se você já passou por uma situação assim deve saber do que estou falando!
Para muitas mulheres é angustiante descobrir um nódulo, um caroço na mama, pois o medo do câncer é enorme.
E não é à toa: de acordo com o Ministério da Saúde, excluindo os tumores de pele do tipo não melanoma, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres e também o que mais mata, principalmente acima dos 40 anos.
Pode-se dizer que este tipo de câncer é provavelmente o mais temido, não só pela alta frequência, mas também pelos efeitos psicológicos importantes, afetando a autoestima e até mesmo a sexualidade da mulher.
Felizmente, a grande maioria dos nódulos de mama não são do mal, tem natureza benigna.
Mas você sabe como identificá-los?
O primeiro passo é aprender a tocar o próprio seio para conhecer suas mamas mais de perto, até porque nós não somos todas iguais.
Existem dois tipos de mama consideradas normais ao toque que você só vai aprender a reconhecer se tocando:
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uma é mais lisinha e homogênea e mais fácil de perceber qualquer alteração;
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e a outra é mais densa com muito tecido glandular e como tem uma textura diferente, pode até dar a impressão de ter vários “carocinhos”.
Isso pode realmente ser só impressão, mas para se ter certeza é fundamental ter o hábito, a rotina de visitar o ginecologista uma vez ao ano para fazer o exame clínico das mamas.
Em alguns casos, fazer exames complementares como a ultrassonografia, a mamografia e eventualmente a ressonância magnética, dependendo da situação e da necessidade.
Lembre que o objetivo desse auto exame das mamas não é você ficar neurótica catando caroço, mas quando você conhece bem o seu corpo e toca suas mamas com frequência, você pode ser capaz de identificar o que está diferente dentro do que é o seu normal e então procurar o médico o quanto antes, mesmo que esteja com suas consultas de rotina em dia.
E se o nódulo realmente existir?
Nesse caso, o passo seguinte é fazer exames para uma investigação mais detalhada e conhecer suas características: se é um nódulo sólido ou cístico, sua localização, contornos, tamanho e se necessário for, estudar mais a fundo as suas células através da biópsia para saber se é um câncer ou não.
Dos nódulos benignos das mamas, os mais comuns são os fibroadenomas e os cistos simples.
O fibroadenoma é um nódulo sólido, indolor, originado de partes da própria mama.
Eles são mais frequentes em mulheres entre 15-35 anos e raramente necessitam ser retirados, pois o risco de virar um câncer é mínimo.
Os cistos simples são nódulos que tem somente líquido por dentro e aparecem geralmente em mulheres com mais de 30 anos.
Podem ter tamanhos variados e às vezes causar dor, principalmente quando crescem rápido. Nesses casos, é possível esvaziá-los através de uma punção.
Importe dizer aqui que mulheres que têm ou já tiveram cistos simples também não apresentam risco maior de desenvolver câncer de mama.
Bom, mesmo sabendo que a maioria dos nódulos de mama são do bem, não dá para descuidar, né?
Por mais que ele pareça bonzinho, todo e qualquer nódulo de mama que apareça deve ser investigado e muito bem estudado para ser ter a certeza de que não se está à frente de um câncer de mama ou alguma outra lesão com potencial para se transformar em um!
Por isso, cuide-se, conheça bem o seu corpo e visite seu médico regularmente!