Fissura vaginal é o nome aquele corte que abre bem ali no finalzinho da entrada da vagina, toda vez (ou quase) que você tem uma relação sexual.
Adianto que não tem nada de normal nisso, viu?
Você já passou por isso alguma vez?
Quando ela abre pode provocar:
dor para iniciar a penetração vaginal, mas também pode acontecer durante e depois do ato;
ardência local;
sangramento durante e após a relação sexual;
dor para urinar, quando o xixi bate na área fissurada;
Isso pode acontecer com qualquer uma de nós, em qualquer fase da vida.
O problema é a frequência com que essa fissura vaginal ocorre.
Se isso for algo eventual e pontual, ou seja: você estava bem, sem sentir nada diferente por lá, mas na hora de permitir a penetração não estava devidamente lubrificada, entrou de mal jeito, ou teve um tempo de penetração mais longo, aumentando o atrito por conta do no entra-e-sai, pronto!
Reuniu as condições perfeitas para abrir um corte desses e ter que passar uns dias no estaleiro por conta disso…
Só que em pouco tempo e com os devidos cuidados, esse corte cicatriza e você está novinha em folha!
E vida que segue.
O grande problema é quando essa fissura vaginal se torna crônica e repetitiva.
Sempre ou na grande maioria das vezes, esse corte se abre quando você tem uma relação sexual e normalmente naquele mesmo lugar, mesmo bem lubrificada.
Se sua vida sexual for mais ativa então… aí é que essa pele não tem descanso e sem conseguir cicatrizar direito, fica abrindo corte atrás de corte!
Acho que você pode imaginar o que pode acontecer, não?
A cicatriz que se forma ali fica cada vez mais fina, frágil e muito mais fácil de romper, formando um verdadeiro ciclo vicioso.
Quanto mais o tempo passar com você nessa situação, pior ficará. Pode ter certeza!
E o que pode causar tamanha fragilidade nessa pele?
Por que um lugar que é naturalmente mais sensível acaba ficando assim tão frágil?
São diversos os motivos capazes de provocar tamanha fragilidade e vou citar aqui apenas alguns, os mais comuns que vejo no meu dia-a-dia de consultório:
uso prolongado de anticoncepcional hormonal, qualquer um;
uso de produtos ou ter hábitos inadequados de higiene intima, o que pode provocar alergias e irritações no local;
alterações hormonais no pós parto e na menopausa;
inflamações vaginais como a candidíase de repetição;
- alterações da pele da vulva como as provocadas pelo HPV e por outras doenças de pele como líquen escleroso;
Todos esses fatores que citei são causas importantes de fissura vaginal crônica, justamente as que dão mais trabalho para tratar!
Lembra do que falei antes?
Quanto mais você deixar essa situação acontecer sem focar no tratamento correto, menores serão as chances de conseguir ficar livre disso!
O tratamento é feito de acordo com a causa, por isso o mais importante é identificar a fonte do problema e resolvê-la o quanto antes!
Uma vez retirada a fonte, será necessário fortalecer essa pele, o que pode ser feito com cremes hormonais de uso local, laser vaginal e até mesmo cirurgia, em alguns casos selecionados.
Até porque não podemos esquecer que ao fazer uma cirurgia ali, será aberta uma nova cicatriz!
Agora, imagina se essa fissura vaginal acontece desde a sua primeira relação sexual? Olha que tormento!
Gente, o negócio é tão sério que a fissura vaginal mesmo depois de ter a causa identifica e tratada pode ser causa de Vaginismo, sabiam?
Isso porque a memória dos tempos de dor pode ser tão forte, que mesmo depois de tratada e não se cortar mais, a mulher não consegue se livrar daquele reflexo de defesa – contraindo o corpo e a musculatura pélvica de forma involuntária – desencadeado pelo medo da dor que poderá sentir, dificultando ou até mesmo impedindo o ato sexual!
Em alguns casos, é necessária a ajuda da Terapia Sexual para finalizar o processo e deixar essa lembrança indesejável lá para trás.
Como saber se eu tenho Vaginismo?
E se você tivesse a oportunidade de descobrir se a dor que sente pode ou não ser do vaginismo!? Pois bem…
Eu desenvolvi um teste junto com a minha equipe para você marcar as opções que mais se identifica e receber imediatamente o resultado escrito por mim.
No resultado que você receber terá minha análise de qual pode ser o seu tipo de vaginismo e o nível que sua dificuldade para permitir a penetração está classificada. Além disso, você receberá a minha recomendação do que deve fazer para se tratar dessa questão.