“Dra, na sua opinião qual é o melhor método anticoncepcional para mim?”
Ai, gente….eu perdi as contas de quantas vezes já perguntaram isso pra mim!
Essa é uma das perguntas campeãs de quem vem pessoalmente ao meu consultório em busca de uma orientação.
Mas será que isso é possível? Existir o melhor método anticoncepcional, o melhor dentre todos em segurança e livre de riscos à saúde e que possa ser usado por todas as mulheres?
O que você acha?
Pois te digo que a minha resposta é sempre a mesma: o melhor método para você é aquele que se encaixar dentro do seu perfil pessoal e das suas necessidades e possibilidades, ou seja, o que você achar que será melhor para você dentro das opções que você pode usar!
Sim, porque nem tudo o que a gente quer, a gente pode!
Até o momento o único método anticoncepcional universal, ou seja, que pode ser usado por qualquer pessoa, livre de riscos à saúde e contraindicações é a camisinha, tanto masculina como a feminina.
A camisinha é a única capaz de fazer a dupla proteção: ao mesmo tempo consegue proteger da gravidez e também das DST´s!
Só que tem gente que não se sente muito segura em usar somente a camisinha como método anticoncepcional e prefere escolher outro que aumente a sua segurança, quando o assunto é se proteger de uma gravidez fora de hora.
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E para isso existe uma variedade enorme de opções para todos os gostos:
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Métodos de barreira: que inclui também o diafragma além das camisinhas que eu falei antes;
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DIU de cobre, cobre com prata ou de hormônio;
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Métodos hormonais: DIU de hormônio, anel vaginal, implante subdérmico, adesivo, pílulas de uso diário, injetável mensal e trimestral;
Cada um deles tem suas vantagens, desvantagens, possíveis riscos à saúde e contraindicações.
Na hora de decidir o que quer usar, a mulher tem que estar bem informada e consciente de todas essas informações e passar pela avaliação do/a Ginecologista para ajudá-la na sua decisão.
O/A Ginecologista tem um papel fundamental nessa hora antes da escolha final: avaliar o que você pode e o que não pode usar de acordo com sua história clínica, pessoal e familiar!
Vou dar aqui um exemplo simples e bem comum: a mulher quer começar a usar uma pílula combinada, daquelas que tem estrogênio e progesterona e que pode ser tomada com ou sem pausa para sangrar, como se fosse uma menstruação.
Só que essa mulher tem mais de 30 anos e é fumante.
Não pode tomar, sabia
Isso porque pílula e cigarro são uma péssima combinação e podem aumentar muito o risco dessa mulher ter problemas cardiovasculares como infarto, derrame e a temida trombose, muito falada hoje em dia.
O mesmo acontece com as mulheres que tem pressão alta e que usam medicação para controlar.
Mesmo com a pressão normal, ou seja, bem controlada com o remédio, esse tipo de pílula combinada também está proibida pelos mesmos motivos de quem fuma! Pode aumentar muito os riscos de trombose, infarto e derrame!
Outro exemplo são as mulheres que tem parentes diretos com câncer de mama (mãe, irmã ou filha) e que fazem parte do grupo de alto risco para a doença.
Nessa situação, os métodos hormonais não estão completamente proibidos, mas a avaliação médica deverá ser muito criteriosa para decidir com a mulher se o benefício em usar será maior do que o risco que ela poderá correr.
Esses são só alguns exemplos para você entender que nem todo mundo que quer usar um determinado método poderá usar! Existem muitos outros exemplos de situações assim, mas essa avaliação só um médico treinado e experiente poderá fazer!
Mas e se a mulher for jovem, saudável e livre de fatores de risco que aumentem as suas chances de ter uma trombose ou um câncer de mama – os dois maiores medos atuais de quem usa ou pensa em usar um método hormonal – por que não considerar o uso se ela quer e pode usar? Por que não dar a ela o direito de escolher?
Na minha modesta opinião, eu não sou a favor de radicalismos em nada nessa vida. Acho injusta essa “endemonização” que fazem atualmente com os métodos hormonais, principalmente com a pílula que é a mais conhecida.
Parece que da noite para o dia, ela virou o demônio, o cão, a grande vilã e a maior culpada por todos os problemas da mulher: dá câncer, trombose, depressão, engorda, tira o tesão… Enfim, só faz mal!
E com isso, muitas mulheres que gostavam e estavam bem adaptadas ao seu método resolveram parar de usar de repente, por medo ou desinformação.
Com essa interrupção acabam ficando expostas a uma gravidez fora de hora, que pode ser muito pior do que o risco que ela acha que supostamente está correndo.
Isso sem falar nas outras mulheres que usam métodos hormonais para ajudar no tratamento de outras condições como a síndrome dos ovários policísticos, endometriose, adenomiose, sangramento disfuncional, cólicas menstruais e que resolver parar por conta própria, sem a avaliação e orientação médica.
Podem ficar numa situação bem pior!
Só mais uma informação: sabia que a gravidez aumenta em 8x a chance da mulher ter uma trombose? E não precisa ter nenhum outro fator de risco não, a gravidez é o fator! Isso ninguém fala, né?
Quero deixar claro aqui: eu não sou uma defensora ferrenha dos métodos hormonais não.
Eu defendo o direito da mulher de escolher o que ela quer usar de acordo com suas necessidades e possibilidades! Isso sim! E para isso ela precisa estar bem informada e passar por uma avaliação médica criteriosa.
Meninas, não existe um método anticoncepcional universal que seja 100% seguro para proteger da gravidez e livre de riscos. Isso só acontecerá se ficar na abstinência – na “seca” total”, o que será difícil para a grande maioria!
Ainda que não seja 100%, dá pra ser bem perto disso! Quanto menos ele depender de você para funcionar, mais seguro será! Converse com seu/sua médico/a, sempre!
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